Quando George Russell, piloto da McLaren, cruzou a linha de chegada em GP de Singapura na noite de 5 de outubro de 2025, ele não só garantiu a vitória pessoal, como também ajudou a equipe a fechar o Campeonato de Construtores daquele ano.

O evento aconteceu nas iluminadas ruas de Marina Bay, em Singapura, sob forte calor e alta umidade – condições típicas que costumam colocar à prova tanto motor quanto motoristas. Ao lado de Russell, Max Verstappen da Red Bull Racing chegou em segundo, enquanto os dois carros da McLaren completaram o pódio, ficando em terceiro e quarto.

Contexto histórico

Para entender a magnitude do feito, é preciso lembrar que a McLaren vinha de uma temporada de recuperação. Desde 2020, a equipe lutava para escapar da zona média do grid, mas um pacote aerodinâmico refinado e a chegada de Lando Norris como co‑piloto mais experiente reacenderam as esperanças. No início de 2025, a disputa pelo título de construtores estava apertada: Red Bull liderava com 415 pontos, enquanto a McLaren, após um triunfo inesperado em Mônaco, ficava a 38 pontos de distância.

O GP de Singapura sempre foi conhecido por seu clima imprevisível e pelo famoso trecho de "Tunnel de Marina Bay", onde a velocidade aumenta drasticamente e os freios são postados ao limite. Historicamente, esse circuito tem favorecido equipes que conseguem equilibrar eficiência de freio e energia elétrica – exatamente o ponto forte da McLaren naquele ano.

Desenvolvimento da corrida

Logo na largada, a tensão era palpável. A McLaren, com os carros MP4-50, partiu logo atrás da Red Bull. Mas, nos primeiros 5 voltas, um incidente interno quase comprometeu tudo: o carro de Russell colidiu levemente com o de seu companheiro de equipe, provocando um leve dano na asa dianteira. A equipe optou por manter a estratégia de pit‑stop mais curta, trocando pneus médios por macios, enquanto Verstappen já começava a acelerar na pista estreita.

O ponto de virada ocorreu na volta 22, quando a chuva fina começou a cair. O piloto holandês, que até então controlava a liderança, começou a usar o espelho retrovisor para observar as aproximações, mas acabou perdendo tempo ao entrar na curva 14. Russell, já com os pneus macios em plena temperatura, aproveitou a oportunidade, ultrapassou Verstappen e abriu espaço para o líder da corrida. A partir daí, o britânico manteve um ritmo constante, enquanto a McLaren gerenciava a energia híbrida com maestria.

Nos últimos 10 minutos, a equipe fez dois pit‑stops sincronizados, permitindo que ambos os carros de McLaren terminassem em terceiro (Norris) e quarto (Piastri). O público, que assistia ao espetáculo tanto nas arquibancadas quanto via transmissão ao vivo da F1 TV, vibrou ao ouvir o som dos motores ecoando no túnel.

Reações das equipes

Logo após o término, o chefe de equipe da McLaren, Andrea Stella, concedeu entrevista emocionada: “Hoje provamos que a combinação de estratégia, resistência e talento pode mudar o rumo de uma temporada. George nos deu a vitória que precisávamos, e nossos pilotos mostraram que a McLaren está de volta ao topo.”

Por outro lado, Christian Horner, diretor da Red Bull, reconheceu a força da concorrência: “O GP de Singapura foi um dos mais desafiadores deste ano. A McLaren mostrou que tem a capacidade de lutar até o último ponto.”

Nas redes sociais, fãs britânicos celebraram o feito de Russell, enquanto torcedores holandeses lamentaram a perda de pontos cruciais para seu piloto favorito.

Impacto no campeonato

Com a vitória de Russell e o duo de pódios da McLaren, a pontuação final do Campeonato de Construtores ficou em 453 para a equipe britânica, superando a Red Bull, que terminou com 448 pontos. Esse resultado marcou o retorno da McLaren ao topo após 20 anos, a última vez que ergueram o troféu em 2008.

Para George Russell, o triunfo adiciona um segundo Grande Prêmio ao seu currículo, consolidando-o como um dos poucos pilotos a vencer em duas equipes diferentes (Williams em 2022 e agora McLaren). O piloto também subiu para a terceira posição no ranking de pilotos, atrás apenas de Verstappen e Fernando Alonso.

No panorama econômico, a conquista impulsionou as ações da McLaren Group, que registraram alta de 7% na Bolsa de Londres no dia seguinte, e aumentou o interesse de patrocinadores globais, especialmente nas áreas de tecnologia verde e mobilidade elétrica.

Próximos passos

Com o campeonato decidido, a atenção dos olhos se volta para a temporada de 2026. A FIA anunciou mudanças nas regras de motorização, focando ainda mais em eficiência híbrida. A McLaren já está testando novos componentes de bateria e promete trazer um carro ainda mais leve.

Já para a Red Bull, a batalha agora será por retomar o título de construtores e manter Verstappen na liderança do campeonato de pilotos, que ainda tem duas corridas restantes – Abu Dhabi e Las Vegas.

Enquanto isso, os fãs podem reviver os melhores momentos do GP de Singapura 2025 no canal oficial da F1 no YouTube, onde o resumo de 5 minutos destaca a ultrapassagem decisiva de Russell, o duelo na curva 14 e a celebração de equipe no pit‑lane.